segunda-feira, 23 de março de 2015

18 - Católico e protestante debatem em avião


Fonte: padrepauloricardo.org 


Em voo rumo ao Rio, um jovem católico se assenta ao lado de um senhor protestante. Não demora muito para que os dois, respeitosamente, entrem em choque.


Em um voo para o Rio de Janeiro, um jovem católico se assenta ao lado de um senhor protestante. Ambos estão vestidos simples e modestamente: camisa por dentro da calça social e sapatos pretos. Trocam breves cumprimentos, afivelam seus cintos, enquanto os demais passageiros se aconchegam em suas poltronas. O piloto inicia os procedimentos para decolagem, e as aeromoças dão as instruções para a segurança dos tripulantes. "Desliguem todos os seus equipamentos eletrônicos; coloquem suas poltronas na posição vertical", pede uma delas, falando ao microfone. Sentindo que a aeronave já estava no ar, o rapaz católico traça o sinal da cruz, sob o olhar surpreso do senhor protestante.
— Você é católico? — pergunta o senhor, dando início a um colóquio sobre imagens, santos, Maria, celibato etc.
— Sim, sou — responde o jovem.
— Como vocês, católicos, podem adorar imagens, se no livro de Êxodo, capítulo 20, Deus o proíbe?
— Deus não proíbe as imagens, mas a idolatria. Em Êxodo, 25, duas páginas à frente do capítulo que o senhor mencionou, Deus pede a Moisés que faça duas imagens de Querubins para a Arca da Aliança. — E o católico prossegue: — Ora, Deus não é esclerosado. Nós, católicos, temos imagens como um ícone, um sinal que nos remete para os céus. Num tempo de tanto ateísmo, as imagens são muito importantes para nos lembrar da existência de Deus.
— Não concordo com isso — rebate o protestante —, assim como não concordo com o celibato dos padres. Pedro se casou, você sabia?
— Sim, mas Pedro, como vocês, protestantes, costumam dizer, não é o caminho, a verdade e a vida. Esse caminho é Jesus. E Ele não se casou. Os padres seguem o exemplo de Cristo.
— Mas, quanto a Maria — insiste o senhor —, Jesus disse que todo aquele que faz a vontade do Pai é seu irmão e sua mãe.
— Todos os anos, na festa da Apresentação de Nossa Senhora, a Igreja proclama justamente esse Evangelho, pois se trata de um elogio de Jesus a sua Mãe. Mais do que todos, Ela é a "bem-aventurada porque acreditou", a que realmente soube cumprir a vontade do Pai (cf. Lc 1, 45). Antes de ser Mãe de Jesus na carne, ela foi Mãe na fé. O Espírito Santo diz pela boca de Santa Isabel: "A que devo a honra de vir a mim a Mãe de meu Senhor?" (Lc 1, 43). Jesus não contradiz o Espírito Santo.

Ainda não satisfeito com as explicações do jovem, embora extremamente surpreendido com o conhecimento bíblico que ele demonstrara, o protestante acusa:

— Essa é a interpretação da sua Igreja. Infelizmente, a Bíblia pode ser interpretada de várias formas.
— Concordo com o senhor — torna a responder o católico, pronto para finalizar a disputatio —, mas a livre interpretação da Bíblia foi algo inventado por Martinho Lutero, o fundador da sua religião. Nós, católicos, seguimos a Tradição Apostólica. Cremos naquilo que os cristãos sempre acreditaram, não em fábulas de homens quaisquer.

A conversa estende-se por mais alguns minutos. Vendo a eloquência dos argumentos católicos, o protestante "baixa a guarda", por assim dizer, a fim de prestar atenção às palavras daquele jovem que demonstrava tanta convicção em sua fé, que falava com tanto amor da Virgem Maria, dos santos e, sobretudo, de Jesus Cristo. De repente, a Igreja Católica já não parecia o monstro pintado pelos pastores evangélicos. O debate agora era uma conversa entre aluno e catequista. O protestante queria conhecer aquela beleza escondida, o patrimônio cristão de séculos, amputado pela ruptura luterana.

De fato, no imaginário protestante comum, a Igreja Católica é, na melhor das hipóteses, uma Igreja como as demais, não a unica Christi Ecclesia, como reafirmou o Concílio Vaticano II [1]. Desde cedo, por causa de um proselitismo demasiado agressivo, muitos evangélicos são ensinados a considerar a religião católica uma seita, uma espécie de sincretismo pagão. Ademais, é-se criado um estereótipo. Por isso, certa feita, disse mui acertadamente o venerável Fulton Sheen: "Talvez não haja nos Estados Unidos uma centena de pessoas que odeiem a Igreja Católica; mas há milhões de pessoas que odeiam aquilo que erroneamente supõem ser a Igreja Católica." O senhor protestante odiava uma falsa Igreja Católica; odiava o espantalho, porque desconhecia o corpo verdadeiro. Posto, no entanto, diante da verdadeira fé cristã, não pôde senão exprimir sua perplexidade. O castelo de cartas havia ruído. Embaraçado com a descoberta, o senhor protestante questiona o jovem católico:

— Vejo que você é um rapaz que ama a Jesus Cristo, que dedica sua vida à Igreja. Você é diferente da maioria dos católicos que conheci. Gostaria de entender, então, por que grande parte dos católicos são relaxados. Digo, por que vão à missa mal vestidos, as mulheres com decotes e minissaias, os rapazes com bermudas ou as calças caídas, se lá está presente Jesus, como você me explicou? Nós, protestantes, sempre vamos ao culto com boas roupas, bem vestidos, pois queremos entregar nosso melhor para Deus. Por que essa diferença?

Silêncio na aeronave. Agora era a vez do jovem católico abaixar a cabeça em sinal de lamentação. Que poderia responder ele? Que poderia dizer em favor de seus irmãos católicos? Acaso não era verdade — para nossa vergonha — o que o senhor protestante observara?

— Os doze apóstolos — respondeu o jovem, depois de pensar um pouco — testemunharam por três anos a pregação, os milagres e, principalmente, o amor de Cristo pelo homem. Na cruz, no entanto, restaram umas poucas mulheres e apenas um apóstolo. Um discípulo o traiu, outro ainda o negou, e os nove demais se esconderam por medo… A Igreja de ontem se parece muito com a Igreja de hoje. É forçoso reconhecer, mas, mesmo nos maus exemplos, ela é apostólica.

O diálogo entre esses dois personagens elucida muito bem a situação em que muitos cristãos, sejam católicos, sejam protestantes, se encontram hoje. Já falamos, ao menos um pouco, das razões que levam os evangélicos a se afastarem do catolicismo. A propaganda hostil contra a Igreja, com base na famosa falácia do espantalho — isto é, a criação de uma caricatura para substituir o que é original —, é uma delas. Mas seria bastante desonesto culpar somente o proselitismo pela evasão de fiéis. Na história do cristianismo, o contra-testemunho sempre foi uma pedra de tropeço. É preciso, por isso, um mea culpa.

Existe uma tendência dentro da Igreja, hoje em dia, de se reduzir a espiritualidade a alguns chavões bonitos, mas vazios. Certa filosofia da calça jeans, por exemplo, tem feito muitos confundirem a Celebração da Santa Missa com a barraca de peixe da feira. Vai-se à Eucaristia como se se tratasse de algo qualquer, sem o devido decoro ou a mínima reverência. Jovens que rezam e zelam pela casa de Deus são achincalhados e segregados em suas comunidades. Performances de dança e peças de teatro encenadas na frente do Santíssimo, ao contrário, são consideradas expressões da universalidade. Um jovem de roupa social é "careta", outro, mostrando a roupa de baixo, é "descolado". A lista de contradições é comprida e cansativa. Sem mais delongas, recordemos o que São Paulo insistentemente ensinava: "Os que exercem bem o ministério, recebem uma posição de estima e muita liberdade para falar da fé em Cristo Jesus" (1 Tm 3, 13). Nada mais que o óbvio. Se os ateus, os agnósticos, os protestantes etc. não enxergarem a piedade e o zelo dos católicos pelo bem mais sublime da fé, como poderão crer?

Falta formação. Apascentar as ovelhas de Cristo com a ciência e a doutrina (cf. Jr 3, 15). Lembrar-se de que além de mãe, a Igreja é mestra. Mater et Magistra, como dizia São João XXIII. Os maus exemplos visíveis em tantas comunidades são, na sua maioria, decorrentes da falta de conhecimento. Seria simples farisaísmo responsabilizar o laicato por tais abusos, quando muitos deles são feitos com a reta intenção de agradar a Deus. Não, a responsabilidade é de outro departamento. É serviço do clero ensinar a fé e a moral, segundo a Tradição. É serviço dos padres abrir os tesouros da Igreja para todos. Quem tem acesso a esse conteúdo, por conseguinte, não só muda de vida, como também contribui para o crescimento espiritual dos demais. Cria-se um círculo virtuoso. E ainda que custe o descanso e o tempo, só assim se formam "pastores com o 'cheiro das ovelhas', pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens" [2]. Vale recordar o que diz o Concílio Vaticano II, acerca da missão dos bispos:

"No exercício do seu múnus de ensinar, anunciem o Evangelho de Cristo aos homens, que é um dos principais deveres dos Bispos, chamando-os à fé com a fortaleza do Espírito ou confirmando-os na fé viva. Proponham-lhes na sua integridade o mistério de Cristo, isto é, aquelas verdades que não se podem ignorar sem ignorar o mesmo Cristo. E ensinem-lhes o caminho que Deus revelou para ser glorificado pelos homens e estes conseguirem a bem-aventurança eterna." [3]

Não se está exigindo — atentem-se — nem o uso de véus, nem de saias, nem a comunhão de joelhos, tampouco missas em latim. Essa não é a questão. Apenas se faz um chamado ao bom senso. Salta aos olhos a indiferença que dia sim, dia também, se faz presente em tantas paróquias. Em alguns casos, torna-se mesmo difícil distinguir entre uma matinée e uma Missa, dada a quantidade de pirotecnia, firulas e vestimentas, no mínimo, indecorosas presentes na celebração.

A Igreja Católica é a mais sublime de todas as instituições porque é a perpetuação da encarnação de Cristo na Terra. Mas, para um protestante acostumado a imaginar o espantalho construído por seu pregador, o mau exemplo de tantos católicos torna quase impossível o encontro dessa verdade. Para cada espantalho filosófico, há uma porção de espantalhos ambulantes.


Por Equipe Christo Nihil Praeponere

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

17 - Ser cristão em um Novo Mundo

ESCRITO POR FABIO BLANCO.
FONTE: www.midiasemmascara.org

As sementes plantadas há mais de 100 anos começam a dar seus frutos. O projeto de superação do cristianismo e da cultura promovida e sustentada por ele, após décadas de paciente labor para modificar o senso comum da sociedade, vai colhendo seus resultados, e cada vez mais abundantes.

A mudança na sociedade é sensível. Temas que sequer eram abordados estão na pauta diária da mídia, princípios inegociáveis estão sendo abandonados rapidamente, o que era certo, agora é duvidoso e o respeitável está se tornando, para a mente coletiva, maléfico.

Minha percepção é que os cristãos adentrarão um período difícil de sua história. Um tempo de oposições ferrenhas se apresenta. Nele, os fracos sucumbirão e, se não abandonarem a fé, como forma de acomodarem-se diante das exigências dessa nova sociedade, transformarão a religião em mera atividade exterior, sem princípios imutáveis, nem certezas definitivas. Mas, pelo menos aqui no Ocidente, essa oposição ainda não se dará por meio da coação física. Quando esta ocorre, pelo menos as intenções ficam claras e os posicionamentos também. O que já está acontecendo por aqui é, na verdade, uma perseguição sutil, quase velada, às bases que sustentaram a fé cristã até os dias de hoje. Para isso, há muito tempo o imaginário das pessoas vem sendo modificado, a fim de que elas enxerguem as manifestações cristãs como símbolo de algo prejudicial à evolução da sociedade. Dessa maneira, o cristão que defende valores imutáveis, que não negocia seus princípios, que crê em uma verdade absoluta e não aceita imposições que sabe imorais, está, cada vez mais, sendo visto como um radical, uma figura retrógrada e inconveniente. A mente das pessoas está sendo reprogramada para esquecer os ensinamentos religiosos que fundamentaram a civilização por dois mil anos e não apenas aceitar, mas desejar as libertinagens e dubiedades deste novo mundo que se impõe.

Para chegar a isso, foram necessárias décadas de implantação de técnicas de manipulação coletiva, que vêm sendo colocadas em prática por meio da mídia, das artes e dos governos. São técnicas desenvolvidas em laboratórios, aprimoradas insistentemente, que permitem que massas de indivíduos sejam conduzidas a fazer e pensar exatamente como os manipuladores desejam. E apesar de boa parte das pessoas não acreditar nisso (o que faz parte da manipulação praticada), quem estuda um pouco sobre o assunto sabe que as técnicas estão avançadíssimas e os instrumentos disponíveis. E elas vêm sendo aplicadas em larga escala, lançando mão dos instrumentos modernos que permitem que uma multidão seja atingida quase ininterruptamente.

E nem mesmo os cristãos estão livres da influência oculta desses manipuladores. Pelo contrário, inseridos que estão na sociedade, vivendo e compartilhando seus bens, estão cotidianamente expostos às ideias e os pensamentos que são lançados e que visam tornar o cristianismo superado. Assim, acabam, ainda que sem perceber, absorvendo muito da visão moderna da vida, repetindo, além do palavreado, as formas de pensar dessa sociedade metodicamente transformada. De fato, não é difícil encontrar pessoas que, ainda que aparentemente religiosas, defendam e até propaguem bandeiras anticristãs como se estas fossem modelos maiores de piedade. Por sofrerem, direta ou indiretamente, influência dessa manipulação coletiva que vem sendo aplicada há anos, sem perceber agem e pensam, muitas vezes, contrariamente aos princípios cristãos que sustentaram a sociedade até aqui. Assim, se deparar com padres comunistas, pastores gays e religiosos abortistas, por exemplo, se torna algo cada vez mais comum. E, na maior parte, estas aberrações se apresentam como se representassem atitudes cristianíssimas. O que é isso senão uma alteração extrema da forma de pensar possivelmente alcançada apenas por meio de um processo artificial?

Diante disso, aos cristãos que pretendem manter-se fiéis aos fundamentos de sua fé não basta lutar contra toda a parafernália ideológica existente. Pelo contrário, travar uma luta frontal contra um ataque invisível não me parece uma estratégia inteligente. Se fizer isso, apenas exporá suas fraquezas, que serão mais ainda exploradas até que sucumba definitivamente. É como querer lutar com demônios. E, neste caso, as Escrituras aconselham a resistir, até que eles desistam. Como anjos caídos, os senhores deste mundo têm aplicado métodos sutis de transformação do imaginário coletivo. As técnicas são tão imperceptíveis, que mesmo um conhecedor das verdades fundamentais, quando exposto a elas, talvez não perceba que estão sendo aplicadas. As manipulações são feitas, muitas vezes, por meios subliminares, outras provocando dissonâncias, outras estimulando contraditoriamente e, por vezes, até por hipnoses através de transes leves. Tudo imperceptível para o observador não treinado.

Portanto, para quem tem a firme decisão de ser o minimamente possível influenciado pelos manipuladores modernos, há apenas duas atitudes complementares: a primeira é o aprofundamento no conhecimento e compreensão da própria fé e dos princípios que a fundamentam, acompanhado de uma intensificação das atividades espirituais próprias dela. Por incrível que pareça, o que demonstra que o que está por aí é realmente obra demoníaca, as técnicas de manipulação não são eficazes até o ponto de fazer a pessoa negar a própria fé ou tirar a própria vida (o que me faz lembrar da permissão que Deus deu ao diabo para tentar Jó, porém sem poder levá-lo à morte). A segunda atitude é negar o máximo possível as manifestações culturais e midiáticas oferecidas. Se não é aconselhável simplesmente fugir, desligando-se do mundo, o cristão pode substituir o que é apresentado pelas agências de informações por notícias e matérias colhidas por jornalistas independentes de verdade. Quanto ao show business, o melhor é absorver alta cultura, boa música, literatura de bom nível e livros de pensadores realmente superiores. Tudo isso para que, de alguma maneira, pelo menos na vida daqueles que praticarem isso, os efeitos da manipulação sejam minimizados.

sábado, 21 de dezembro de 2013

16 - Nota de agradecimento e réplica do Senador Álvaro Dias

Na última terça-feira, a democracia e os valores judaico-cristãos (âncoras da constituição nacional) foram defendidos no Congresso Nacional em vista de um ataque maciço dos grupos a favor da cultura da morte.

O que aconteceu? Diversos membros de frentes pró-vida (principalmente católicos e evangélicos) venceram uma das batalhas mais ferrenhas, até o momento, contra três intervenções abomináveis nas leis brasileiras. Uma dizia respeito ao destino da instituição familiar, por meio de mudanças para o novo Código Penal; outra ao Plano Nacional da Educação (PNE); e uma outra ainda ao PLC 122.

Graças à Graça Divina, às nossas orações e à eficácia das nossas ações (telefonemas, e-mails, assinaturas de petições, presenças no Congresso), todas essas intervenções foram reconsideradas e a ideologia de gênero foi mantida fora da legislação brasileira. O que é fortemente coerente com os valores da maioria (esmagadora) da população. 

Ao me ater às notícias, prontamente tratei de agradecer àqueles que colaboraram para que essa vitória fosse possível. Dessa forma, enviei e-mail ao Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), como colocado a seguir, e que me foi rapidamente replicado. Percebendo o texto simples e as palavras sinceras que me foram dirigidas pelo Senador, optei por transcrevê-las neste post para que todos possam observar como é plenamente possível estar em contato com seu representante legal junto ao Estado e também que ainda existem políticos sérios que prezam pelos valores da família; pela moral e decência que tanto falta às consciências governantes desta Nação. Encoraje-se você também à entrar em contato com seu candidato e criar uma relação menos formal do que a existente na atualidade. Eles também são seres humanos; com anseios, vontades e caprichos; com valores (corretos ou não); eles também são filhos de Deus.
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Prezado Senador Álvaro Dias,

Gostaria de agradecer pelo trabalho que Vsa. Excelência desempenhou em conjunto com a bancada cristã do Congresso Nacional, visando o impedir a desmoralização da instituição familiar e a submissão da população brasileira a uma ideologia de gênero utópica e incompatível com os seus valores judaico-cristãos.

Peço que mantenha os ouvidos atentos e os olhos bem abertos, pois as manobras para implantar essa ideologia em nosso País, por emendas inconstitucionais, ainda serão muitas e a Nação precisa de homens como Vsa. Excelência para desmascarar essas manobras e expô-las aos demais colegas que não tem noção da real intenção com a qual diversas instituições promovem esse tipo de ação.

Certo de sua colaboração, com estima despeço-me,

Deisson Cassiano Diedrich
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Sou eu que devo agradecer, caro Deisson, por sua mensagem. É sempre animador constatar que há cidadãos que, tal como você, acompanham e aprovam nosso trabalho. Esteja certo de que vou permanecer, como você sugere, atento a possíveis novas investidas daqueles que têm por meta solapar nossa estrutura familiar.

Com meu abraço e meus votos de um feliz Natal e de que 2014 seja um ano de mudanças a favor do Brasil e dos brasileiros,

Alvaro Dias
www.alvarodias.com.br

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

15 - Testemunho de um universitário convertido e o Antídoto contra a idiotice

Ele chegou! Sim, o grande MÍNIMO chegou para este que lhes escreve e com a sua chegada vieram à cabeça desse jovem as lembranças de tempos remotos, sombrios e de perspectivas de futuro ausentes. Tempos estes nos quais esse jovem quase (eu disse "quase") teve sua mente capturada pela fumaça negra ideológica que se infiltra na mente da juventude ocidental e orquestra seus atos se utilizando dos bípedes que a hospedam. Entretanto, por obra da Providência (pelo menos eu creio nisso) ou não, isso não aconteceu. Tudo devido à dois antídotos, mais explicitamente dois grandes pensadores que, de alguma forma, sobreviveram à contaminação por idiotice crônica, que se espalha pelo solo brasileiro há algumas décadas: Padre Paulo Ricardo de Azevedo Junior e o Professor Olavo de Carvalho.

Naqueles tempos negros, meu espírito estava conturbado e à procura de um sentido maior para tudo o que estava vivendo (como qualquer jovem). Como fazia parte do Centro Acadêmico do meu curso, estava submerso no mundo ideológico paralelo nos quais nossas universidades se transformaram. Pude observar a adoção das piores ideologias por várias pessoas simplesmente para que pudessem sentir-se reconhecidas por seus atos (muitas vezes sórdidos). Acompanhei eventos político-estudantis (como é o caso do Congresso da UNE) nos quais constatei a vontade de fazer baderna que o estudante universitário e secundarista brasileiro carrega no seu íntimo e o assédio político que partidos como o PCdoB, PT, PSB, PSTU e outros tantos da nossa esquerda armada exerciam sobre os estudantes, numa verdadeira tentação diabólica propagandeando que é o estudante quem "muda" o destino do seu País e que ao se filiar à determinado partido seus olhos se abririam e "a realidade do mundo verdadeiro" lhes seria escancarada. Na prática, uma visão partidária gnóstica. Vivi o dia-dia de grupos ideológicos que queriam enfiar goela abaixo de todo corpo docente certas políticas educacionais que são incompatíveis com o ambiente universitário e escolar. Enfim, estava abraçado por tantas realidades e, ao mesmo tempo, não fazia ideia de se aquilo era algo bom ou ruim. Não existia em mim um senso crítico que me permitisse afirmar com toda clareza o que era o Bem, e diferenciá-lo do mal (o que é importantíssimo).

Eis que um dia a Providência me bate à porta. É bem verdade que ao saber das orgias entre homossexuais realizadas próximas à minha barraca no Congresso da UNE e presenciar o consumo desmedido de maconha e de outras drogas durante as longas noites de festa e em plena luz do dia, respectivamente, levei um choque de realidade e comecei a pensar o que estava fazendo ali. Cerca de dez mil jovens participaram daquele evento em 2011. Esses jovens lotaram um ginásio e todos naquele lugar pareciam pensar na mesma direção, menos eu. Quando conversava com alguns colegas de ônibus, percebia que a retórica era sempre a mesma para qualquer assunto. Então, acordei e vi que aquilo era marxismo puro! Não precisava ser nenhum especialista para ver. O que me acometia era que não conseguia refutar quase nada do que eles falavam, mesmo sabendo que eram ideias estúpidas e desprovidas de qualquer eventual exercício de raciocínio. Aquilo foi o começo de um despertar para a realidade, mas ainda faltava algo mais tocante. Foi então que a Providência me resgatou daquele "quase" triste rumo ao qual estava destinado. E foi justamente pela via que eu menos poderia esperar: a fé na Eucaristia!

Hoje, por ser um católico convicto, muitas pessoas podem se admirar quando escrevo essas palavras, mas houve um momento em minha vida em que a fé quase se acabou. Bombardeado por doutrinas contrárias aos princípios cristãos, "iluminado" por ideias gnósticas e rodeado por uma atmosfera universitária cética e cega de orgulho minha fé foi se esvaindo e aos poucos os "sentimentos" mundanos foram tomando conta do meu ser. Mas Deus é Grande! Ele é Senhor e Rei! Ele não me abandonou, assim como não abandona a ninguém.

Deus me visitou numa missa de um Domingo do tempo comum, pouco tempo depois do congresso. Não havia nada de especial naquele dia. Pelo menos, eu não enxergava nada de especial. Aliás, eu praticamente não enxergava mais a Igreja em minha vida. Foi durante a consagração da Santa Eucaristia que as coisas começaram a mudar. Senti uma repulsa naquele momento, senti como se todos ali presentes naquela igrejinha fossem uns tolos, idiotas. Senti como se eu, todo soberbo e cheio de grandeza, fosse o único ali a saber que aquilo que se realizava não era real e não passava de mero teatrinho. Mas onde ocorreu a mudança? Como é possível dizer que algo que me causou repulsa ao mesmo tempo me converteu? Depois da missa, não parava de pensar naquele momento, me enchendo cada vez mais de orgulho por não acreditar naquele ato. Foi então que Deus me tocou e, sem demorar, me peguei pensando que eu estava estranho; que aquilo não foi uma coisa certa a se fazer; que eu devia sentir vergonha de ter feito o que fiz. Não tenho dúvidas de que aqueles pensamentos me foram inspirados por Alguém maior. Desde então, tenho procurado conhecer mais a fé católica, estudando e me dedicando às práticas cristãs que o catecismo nos explica. E é no conhecimento da Doutrina Católica que o Padre Paulo Ricardo me auxiliou, pois logo após os momentos de trevas foi por meio do seu site padrepauloricardo.org que eu comecei a conhecer o verdadeiro sentido de ser cristão.

Algum tempo depois, foi-me apresentada pelo próprio Padre Paulo Ricardo a obra do Professor Olavo de Carvalho. Essa mistura foi simplesmente nitroglicerina pura! Tanto um quanto o outro me auxiliaram a sair por completo das sombras que me envolviam e, aos poucos, fui deixando de ser um "idiota útil". Agora, me chega uma outra ajuda que também tenho certeza ser providencial (não só para mim é claro). O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota é o antídoto esperado por todos os brasileiros.

Minha cegueira já não existe, mas sinto-me obrigado a partilhar com os irmãos que burrice tem remédio e que idiotice é uma doença comum (infelizmente). Basta não ter vergonha de admitir e começar a usar o Antídoto e eu prometo que ela será curada! Ele é sem contra indicações e tem como efeito colateral um amor à verdade como você nunca sentiu.