O documento final da Rio+20 (ou – 20, como alguns gostam de
chamar) tem a seguinte frase como título: “Consulta Pública”. Gostaria de dar
destaque à palavra Consulta e
colocar alguns pontos que merecem ser avaliados para então discutirmos se o
evento teve realmente uma consulta ao povo, ou não.
Primeiramente, vamos observar a relação de “intimados” a
participar da conferência sob o ponto de vista de suas funções sociais. Segue a
listagem, que se encontra no site do Ministério do Meio Ambiente http://hotsite.mma.gov.br/rio20/wp-content/uploads/Zero_Draft_PORT.pdf:
[...]
II - por um representante dos órgãos estaduais de meio
ambiente e um representante dos órgãos municipais de meio ambiente; (até aqui
tudo bem!)
III - por dois representantes da comunidade acadêmica;
IV - por dois representantes dos povos indígenas;
V - por dois representantes dos povos e comunidades
tradicionais;
VI - por dois representantes dos setores empresariais;
VII - por dois representantes dos trabalhadores;
VIII - por dois representantes das organizações não
governamentais; e
IX - por dois representantes dos movimentos sociais.
[...]
Repare que: comunidade acadêmica, organizações não
governamentais e movimentos sociais é a farinha que faz parte do mesmo saco.
Vou explicar. ONG´s são compostas na sua grande maioria por ativistas
acadêmicos. Movimentos sociais são encharcados de acadêmicos pró-socialismo.
Logo é lúcido que esses três representam um só grupo e tiveram maioria
representativa! (Onde está a igualdade democrática?)
Os povos indígenas representam 480 mil pessoas vivendo no
nosso meio hoje (dado reconhecido pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e
organizações não-governamentais), e houve um acréscimo de indígenas do ano 2000
pra cá de mais da metade da população, 250 mil (dado do IBGE)! Ou seja, em 12
anos os índios conseguiram dobrar de contingente populacional! Isso é um
milagre nos tempos onde métodos anticoncepcionais são distribuídos em postinhos
de saúde e a luta pelo aborto nos assombra a cada dia. Mesmo assim, ficou bem
claro nesta edição do evento que os índios serviram de massa de manobra para a
defesa dos interesses das ONG´s (indecentes, diga-se de passagem) financiadas
pelo Governo Federal. Representam pouco mais de 0,2% da população. Poderiam se
encaixar perfeitamente em qualquer uma das classes acima citadas se quisessem
estudar, trabalhar, ou até mesmo badernar, mas querem continuar a ser
assistidos pelos programas sociais do governo e conservar sua “cultura” do
calção de futebol, chinelinho e rede. Nada contra os Índios, mas pra uma
sociedade que defende que em pleno século 21 não podemos mais acreditar em
“contos mitológicos” e que devemos nos adaptar às mudanças egocêntricas que o
mundo nos oferece, é necessário rever o raciocínio lógico das coisas! Enfim, os
Índios são do mesmo saco também.
E os povos e comunidades tradicionais??? Preste atenção na
definição para esses povos que pode ser encontrada no site do Ministério do
Desenvolvimento Social: “[...] grupos culturalmente diferenciados, que possuem
formas próprias de organização social [...].” Segue no parágrafo seguinte:
“Esses grupos ocupam e usam, de forma permanente ou temporária, territórios tradicionais e
recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social,
religiosa, ancestral e econômica. Para isso, são utilizados conhecimentos,
inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Entre os PCTs do
Brasil, estão os povos indígenas, os
quilombolas, as comunidades de
terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores
artesanais, os pomeranos, dentre outros.” Detalhe: este grupo representa cerca
de apenas, pasmem, 46 mil famílias. Mais uma vez aparece aqui a incoerência de
superposição de classes. Temos os povos indígenas novamente, ou seja, eles
podem ser duplamente representados! E temos aqui também as “comunidades de
terreiro”. Quer dizer agora que a macumba deixou de ser considerada uma forma
de religião pelo estado e passou a ser modo de vida!? Que progresso! Os
extrativistas e pescadores artesanais por acaso não são trabalhadores? Olha,
fico indignado com as coisas que encontro! É lógico que esse grupo também foi
moído e peneirado e virou a mesma farinha!
Total de anticristãos: pelo menos 10 representantes na
bancada brasileira! Parabéns ao Vaticano que mesmo com esse índice de
favoritismo ao aborto, mais uma vez, conseguiu passar a perna no demônio!
Afinal, se Deus é por nós, quem será contra nós?
Agora, voltemos à discussão inicial proposta: Houve
realmente uma consulta igualitária a
todas as partes envolvidas? Que
houve a consulta a todas as partes isso fica mais do que claro e o que fica
mais do que claro também, seguindo o raciocínio proposto acima, é que ela não
foi igualitária. Houve muito peso pro lado dos liberais e, infelizmente, essa é
a tendência de todos os eventos similares que teremos pela frente. Então, como
nos pediu Nossa Senhora em Fátima para a conversão dos pecadores, rezem meus
irmãos! Rezem muito! E como diz o Padre Paulo Ricardo: “Terço neles!” Essa é a
nossa maior arma contra toda essa Sodoma que está se instalando no mundo.
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