terça-feira, 26 de junho de 2012

05 - Impressões da Rio+20 (Parte 1)

O documento final da Rio+20 (ou – 20, como alguns gostam de chamar) tem a seguinte frase como título: “Consulta Pública”. Gostaria de dar destaque à palavra Consulta e colocar alguns pontos que merecem ser avaliados para então discutirmos se o evento teve realmente uma consulta ao povo, ou não.

Primeiramente, vamos observar a relação de “intimados” a participar da conferência sob o ponto de vista de suas funções sociais. Segue a listagem, que se encontra no site do Ministério do Meio Ambiente http://hotsite.mma.gov.br/rio20/wp-content/uploads/Zero_Draft_PORT.pdf:

[...]
II - por um representante dos órgãos estaduais de meio ambiente e um representante dos órgãos municipais de meio ambiente; (até aqui tudo bem!)
III - por dois representantes da comunidade acadêmica;
IV - por dois representantes dos povos indígenas;
V - por dois representantes dos povos e comunidades tradicionais;
VI - por dois representantes dos setores empresariais;
VII - por dois representantes dos trabalhadores;
VIII - por dois representantes das organizações não governamentais; e
IX - por dois representantes dos movimentos sociais.
[...]

Repare que: comunidade acadêmica, organizações não governamentais e movimentos sociais é a farinha que faz parte do mesmo saco. Vou explicar. ONG´s são compostas na sua grande maioria por ativistas acadêmicos. Movimentos sociais são encharcados de acadêmicos pró-socialismo. Logo é lúcido que esses três representam um só grupo e tiveram maioria representativa! (Onde está a igualdade democrática?)

Os povos indígenas representam 480 mil pessoas vivendo no nosso meio hoje (dado reconhecido pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e organizações não-governamentais), e houve um acréscimo de indígenas do ano 2000 pra cá de mais da metade da população, 250 mil (dado do IBGE)! Ou seja, em 12 anos os índios conseguiram dobrar de contingente populacional! Isso é um milagre nos tempos onde métodos anticoncepcionais são distribuídos em postinhos de saúde e a luta pelo aborto nos assombra a cada dia. Mesmo assim, ficou bem claro nesta edição do evento que os índios serviram de massa de manobra para a defesa dos interesses das ONG´s (indecentes, diga-se de passagem) financiadas pelo Governo Federal. Representam pouco mais de 0,2% da população. Poderiam se encaixar perfeitamente em qualquer uma das classes acima citadas se quisessem estudar, trabalhar, ou até mesmo badernar, mas querem continuar a ser assistidos pelos programas sociais do governo e conservar sua “cultura” do calção de futebol, chinelinho e rede. Nada contra os Índios, mas pra uma sociedade que defende que em pleno século 21 não podemos mais acreditar em “contos mitológicos” e que devemos nos adaptar às mudanças egocêntricas que o mundo nos oferece, é necessário rever o raciocínio lógico das coisas! Enfim, os Índios são do mesmo saco também.

E os povos e comunidades tradicionais??? Preste atenção na definição para esses povos que pode ser encontrada no site do Ministério do Desenvolvimento Social: “[...] grupos culturalmente diferenciados, que possuem formas próprias de organização social [...].” Segue no parágrafo seguinte: “Esses grupos ocupam e usam, de forma permanente ou temporária, territórios tradicionais e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Para isso, são utilizados conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Entre os PCTs do Brasil, estão os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades de terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores artesanais, os pomeranos, dentre outros.” Detalhe: este grupo representa cerca de apenas, pasmem, 46 mil famílias. Mais uma vez aparece aqui a incoerência de superposição de classes. Temos os povos indígenas novamente, ou seja, eles podem ser duplamente representados! E temos aqui também as “comunidades de terreiro”. Quer dizer agora que a macumba deixou de ser considerada uma forma de religião pelo estado e passou a ser modo de vida!? Que progresso! Os extrativistas e pescadores artesanais por acaso não são trabalhadores? Olha, fico indignado com as coisas que encontro! É lógico que esse grupo também foi moído e peneirado e virou a mesma farinha!
Total de anticristãos: pelo menos 10 representantes na bancada brasileira! Parabéns ao Vaticano que mesmo com esse índice de favoritismo ao aborto, mais uma vez, conseguiu passar a perna no demônio! Afinal, se Deus é por nós, quem será contra nós?

Agora, voltemos à discussão inicial proposta: Houve realmente uma consulta igualitária a todas as partes envolvidas? Que houve a consulta a todas as partes isso fica mais do que claro e o que fica mais do que claro também, seguindo o raciocínio proposto acima, é que ela não foi igualitária. Houve muito peso pro lado dos liberais e, infelizmente, essa é a tendência de todos os eventos similares que teremos pela frente. Então, como nos pediu Nossa Senhora em Fátima para a conversão dos pecadores, rezem meus irmãos! Rezem muito! E como diz o Padre Paulo Ricardo: “Terço neles!” Essa é a nossa maior arma contra toda essa Sodoma que está se instalando no mundo.

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